De que adianta dormirmos juntos, passearmos juntos, filmes, jantares, noites em claro, se com tanto do que há de melhor o que tens a realçar é a tua falta de confiança em mim, em ti, em ambos. Tudo porque eu para ti não sou eu, eu para ti sou o cargo que ocupo, o de namorado, deixei de ser eu para ser uma figura moldada por tantos outros mais imperfeitos e desonestos que o agora, que o presente. Diz-me como se pode amar se não se respeita, não se confia, não se crê, não chega?
Deixa de procurar alguém que não existe, de ver sombras e fantasmas, de prever o imprevisível. A obsessão não serve o amor, desfaz o mesmo até que suma em rios de cansaço.

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