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LIVROS | O silêncio do mar



O silêncio do mar de Vercors (Jean Bruller), chamou-me à atenção logo à primeira. Embora seja um livro pequeno, tem uma história profunda, bastante curiosa, delicada e um tanto inquietante. Normalmente quando lemos algo sobre oficiais nazis, a definição não varia muito dos monstros que estes representavam e ainda hoje representam. Vercors vai mais longe, encontra o ser humano por baixo da farda manchada, mostra-nos como as diferenças podem por breves momentos serem postas de parte, que a cultura e a paixão podem ser línguas universais e para mim o mais incrível, como o silêncio pode falar tão alto, até gritar!
 Vercors publicou o livro na clandestinidade em 1942, o que torna o livro mais apetecível.
A leitura não é fácil de acompanhar, não quando estamos habituados a mudanças constantes, personagens diferentes, ambientes distintos. No silêncio do mar, temos apenas os pensamentos de um homem, o decifrar dos pensamentos da sua sobrinha e um constante monólogo de um oficial, numa casa que não é sua, num país que não é seu, mas que admira apaixonadamente.
Atribuo ao livro 5*! Tirou-me da leitura a que estou habituado e no entanto prendeu-me do início ao fim.


Podem comprar o livro na Editorial Presença.


Sinopse: Obrigada a partilhar a sua casa com um oficial nazi, uma família francesa opta pelo silêncio como forma de resistir ao ocupante. É um silêncio tão profundo como o mar e impede todas as tentativas de diálogo feitas pelo oficial. Este tem pela França e pela sua cultura uma admiração sincera que vai expondo em monólogos forçados, determinado a vencer a distância que os separa. Vercors é o pseudónimo escolhido por Jean Bruller, que nasceu em Paris em 1902. Tendo sido desenhador e gravador, é durante a II Guerra que faz da escrita a sua arma contra o nazismo, tema marcante de toda a sua obra. «O Silêncio do Mar» é o seu primeiro livro, publicado na clandestinidade pelas Éditions Minuit, em 1942. Mas é sobretudo, na sua singeleza, uma novela exemplar.


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