Os entrelaçares dos amores,
são algo que não entendo,
são algo que não entendo,
porque não pode afinal,
amores com cada qual,
ser algo, simples, menos horrendo ?! ...
Que terror é este que invade a minha alma ?! ...
Que nós são estes, que entrelaçam os meus sentimentos ?! ...
Que terror é este que invade a minha alma ?! ...
Que nós são estes, que entrelaçam os meus sentimentos ?! ...
Ó Deus dos infinitos, dizei-me com calma,
porque me sufoco em tamanhos descontentamentos ?
porque me sufoco em tamanhos descontentamentos ?
Aventuras impossíveis a meu ver,
mas que me matavam a sede de sentir a ternurenta chama amada ! ...
Porque não posso eu, mergulhar em sentidos orgásmicos,
pela troca da mágoa, pela lágrima derramada ?
Senhor, sabes quem sou ?
Senhor, sabes quem sou ?
Uma pobre peça esculpida ferozmente e inacabada,
será que um dia, serei congratulado,
com algo mais que não este meu fado ?
Este meu calcanhar de Aquiles ! Esta enormíssima fantochada ?! ...
A minha alma é apunhalada vezes e vezes sem conta,
destino cruel este, que não me deixa chegar onde quero, quando quero,
fazer do amor, pássaro livre, sentimento que voa,
em vez de ficar preso, à mais escura e profunda masmorra ?
Força de vontade emana de mim, mas será que vale a pena ?
Será que mais uma tentativa, se transformará vagarosamente noutra apunhalada no meu coração ?
Noutra lágrima derramada ? Noutro grito enfadonho da minha alma presa ?
Rezo a Deus num ato de fé e a mim, num ato de teimosia feroz de leão,
Consiga eu soltar amanhã, rugidos de alegria,
nos mais belos vales, nascentes, montanhas e pomares que a minha alma atinge!
Que consiga eu, tingir os nós todos de preto, para que mesmo misturados,
Me confundam a vista e consiga eu assim, rejubilar, de alegria !


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